quinta-feira, outubro 15, 2009

Não fique à MARGEM!


17 de Outubro

18.00 horas
Convento de S. Domingos (Montemor-o-Novo)
Concerto de lançamento
Esperamo por si!
Até Sábado!

domingo, outubro 11, 2009

XV Concerto de Outono - Galiza e Alentejo juntos


(Foto: M. Melgão)
Teve lugar no passado dia 10, pelas 18 horas, na Igreja da Misericórdia, em Montemor-o-Novo, a XV edição do Concerto de Outono, que contou com a presença do Coral de São Domingos (organizador do evento) e do Grupo Polifónico de A Guarda (Galiza). O recital foi inteiramente dedicado, a título póstumo, a António Salvado Simões, membro do Coral anfitrião, recentemente falecido e alvo de uma sentida homenagem quer por parte dos cantores, quer do público que enchia completamente o templo.

A finalizar, e depois da troca das habituais lembranças, os grupos interpretaram duas peças em conjunto: Acordai, de Fernando Lopes Graça, dirigida por João Luís Nabo, e O Voso Galo Comadre, uma peça tradicional galega, sob a direcção de Mary Silda Sánchez Lomba.


sexta-feira, outubro 09, 2009

António Simões: in memoriam


Sempre conheci o meu Pai a cantarolar. Juntar-se ao Coral de São Domingos, pensava ele, permitir-lhe-ia levar esse gosto mais a sério e passar de cantarolar a cantar. Mas, não foi só isso que lhe aconteceu. Desde o primeiro momento, o meu Pai estabeleceu uma forte relação com todo o grupo e ganhou uma nova família, que sempre o acarinhou e com ele partilhou muitas alegrias. Recordo o entusiasmo com que regressava dos ensaios, concertos e viagens. A felicidade com que nos falava do convívio e das aventuras vividas. As gargalhadas que dava quando, apesar de cansado, nos queria contar algumas peripécias assim que chegava. O gosto com que coleccionava os cartazes de divulgação dos concertos e organizava as fotografias.
A forte relação que o grupo também estabeleceu com ele ficou, para nós, bem patente na vossa presença e nas vossas palavras, e na preocupação e carinho com que o acompanharam, principalmente nas últimas semanas. Esperando que não me levem a mal, não posso deixar de destacar o João Luís que, para além das muitas qualidades que todos lhe conhecemos, deixou ainda mais clara, a grandeza do seu carácter, durante o último período da vida do meu Pai. Cervantes tinha razão quando dizia “Onde há música não pode haver coisa má”.
Todos partimos. A separação física é uma inevitabilidade. Ainda assim, o meu Pai, sempre tão cuidadoso com a sua aparência, levou com ele um último elo físico de ligação convosco, a camisa do C.S.D. Neste momento tão doloroso, a vossa amizade permite-nos dividir a nossa dor e as vossas palavras mostram que, através da capacidade que o meu Pai teve de nos e vos deixar recordações felizes, continua a existir depois da morte.
Não vos agradeço, porque a amizade não se agradece, mas envio-vos a todos um abraço muito sentido, em meu nome pessoal, da minha mãe, do meu irmão, da minha cunhada (uma verdadeira filha), dos meus sobrinhos e do meu sobrinho-neto, mais uma prova de que o meu Pai continua a existir depois da morte.

Paula Simões