
Hélène Pereira, maestrina do Coro Luy de Bearn
Coral de S. Domingos
João Luís Nabo, maestro do Coral de S. Domingos
Vera Guita, solista do Coral de S. Domingos
"LE LIEN MAGIQUE"
Pouco passava das três e meia da tarde, quando o Coro Luy de Bearn, de Serres-Castet (França) chegou a Montemor-o-Novo, no passado dia 24. Os abraços entre os franceses e os coralistas de S. Domingos, que se encontravam à sua espera, foram fortes mas rápidos. Era fundamental cumprir o programa e o primeiro concerto da sua digressão ao nosso país teria início daí a pouco menos de três horas.Já na Igreja do Convento de S. Domingos, com bastante público, Bernardino Samina apresentou os corais e os maestros e deu oficialmente início ao XII Encontro de Coros/III Festival Internacional de Coros da Cidade Montemor-o-Novo. O grupo anfitrião interpretou principalmente obras do século XX, sacras, profanas e tradicionais, exibindo compositores como Simone Olivieri, Ramiro Real, Chaillet e Lopes-Graça.O coral convidado, acompanhado ao piano por Françoise Pagnoux, virou o seu reportório para compositores franceses, bascos e portugueses, com especial destaque para Saint-Säens, Fauré, Busto e Eurico Carrapatoso, talvez o mais aplaudido da sua prestação. Para finalizar, e à imagem do que aconteceu em França, os dois coros interpretaram, de Verdi, o tão conhecido Coro dos Escravos Hebreus, extraído da ópera Nabucco.Tentando sempre conciliar os concertos com os passeios e visitas a locais significativos da nossa região – Arraiolos, Monsaraz, Évora, Tróia, Setúbal, Lisboa… - o coro francês cantou ainda no Palácio da Independência, em Lisboa, e na sede do Inatel em Évora, sendo bastante aplaudido.O final desta digressão foi assinalado, no dia 28, com uma festa de despedida no Pavilhão do Parquee de Feiras e Mercados de Montemor onde, como é hábito, aconteceu de tudo um pouco: música coral pelos dois grupos, dança pelos Fazendeiros de Montemor, a ingestão demorada de petiscos tradicionais, bem regados (naturalmente), troca de lembranças e… algumas lágrimas, porque, afinal de contas, não é fácil a separação depois de quase uma semana de convívio diário e intenso.Os LAÇOS criados em França, há precisamente um ano, ficaram fortalecidos e assim vão permanecer, aumentados, decerto, pela saudade..É o que existe para além da música, este elo mágico que nos une - a mais-valia dos afectos.
MERCI, les amis du Luy de Bearn