domingo, julho 16, 2006

Artes de Embu no XIII Encontro de Coros de Montemor






O Coral das Artes de Embu, da pequena cidade de Embu das Artes (São Paulo -Brasil), passou dez dias em digressão pela região do Alentejo, entre os dias 7 e 16 de Julho. A iniciativa partiu do Coral de S. Domingos que convidou o seu congénere brasileiro para o XIII Encontro de Coros/IV Festival Internacional de Coros que se realizou no passado dia 15, na Igreja do Convento de São Domingos. O Coral de Embu apresentou-se também em Évora (INATEL), no dia 11, e em Lisboa (Palácio da Independência), no dia 13. Escolhido de forma criteriosa, do reportório, muito variado e rico em música tradicional daquele país, constavam ainda inúmeras peças sacras contemporâneas que facilmente apaixonaram o público.
O Coral das Artes de Embu organizou-se em Maio de 1993, por iniciativa da própria comunidade e é composto por artistas plásticos, estudantes, funcionários públicos e da iniciativa privada, artesãos e professores. Dispõe de um repertório ecléctico que vai do erudito ao popular, como músicas folclóricas, do Renascimento, espirituais negros, latinas, entre outras. Tem participado com frequência em Encontros Corais e Festivais em dezenas de municípios do Estado de São Paulo e em diversas regiões do Brasil. Esta foi a sua primeira digressão a um país da Europa. Gravou dois trabalhos discográficos: Coral das Artes n´a Capella (2003) e E...Ternamente Natal (2004).
Dirigido pelo maestro Daniel Viera, o Coral das Artes de Embu é composto por uma vintena de cantores, entusiasticamente aplaudidos em todos os concertos. O Coral de S. Domingos, dirigido por João Luís Nabo, foi, como é da tradição, o primeiro a actuar no concerto em Montemor. Interpretou várias peças sacras em estreia e incluiu no reportório música tradicional brasileira e portuguesa. O concerto terminou com a interpretação conjunta de Azulão, uma peça brasileira com arranjo de Jaime Ovalle e Roberto Duarte.

Impressões
As chaminezinhas dispostas como soldados
Saúdam-me da janela donde me alojaram.
O imponente castelo
A fiscalizar a todos do alto,
Tem um tom de brincadeira com sua ‘bandeirinha infantil’.

As ruas assimétricas de Montemor
Com seu sabor de História,
Com sua realeza introspecta,
Dançam sob meus pés.
Molduras, telhados, sempre a
observar-me.

Rodrigo Rosa
(Cantor das Artes de Embu)